quinta-feira, 13 de outubro de 2011

A ATUAL CRISE DO SISTEMA POLÍTICO NO BRASIL

Apesar de parecer redundante a discussão acerca da crise do sistema político brasileiro, é necessária fazê-la, pois somente a partir de tal iniciativa poderemos construir um posicionamento mais distanciado do senso comum. Nos últimos dias os noticiários nos informam do surgimento de novas agremiações partidárias, algumas delas nem tão novas assim e outras sim, que representam o verdadeiro interesse da moralização da política. Diante do atual cenário vamos fazer um recorte, ou seja, utilizaremos apenas o exemplo de dois partidos: o PPL e o PSD.

Iniciamos pelo recém fundado Partido Pátria Livre (PPL), que possui parte de sua gênese no MR-8, conhecida nacionalmente como uma corrente política de esquerda existente no PMDB sendo personagem importante na luta pela democracia no Brasil. Já o recém “criado” PSD tem em sua genealogia uma enorme confusão ideológica, se é que existe ideologia, onde podemos identificar velhas oligarquias de remontam o início da história política do Brasil. De fato o PSD é o resultado de uma intensa e continua mutação política que objetiva sua manutenção e perpetuação no poder, assim como já afirmava Nicolau Maquiavel em O Príncipeos fins justificam os meios”.

Agora são 29 partidos registrados no Tribunal Superior Eleitoral, é certo que para a grande maioria das pessoas este nos parece um número assustador, e isso ocorre por uma razão muito óbvia, os brasileiros não confiam na classe política. Todavia, é necessário dizer que em vários países o número de partidos políticos é maior que no Brasil, e que as condições para que os mesmos se constituam são mais facilitadas.

Sendo assim, inevitavelmente iremos obter a seguinte conclusão: o problema não está necessariamente no aumento do número de partidos, mas sim no nível de comprometimento ideológico e social dos mesmos. Resta aos cidadãos brasileiros uma avaliação apurada dos partidos políticos, verificando sempre seus principais agentes e suas pautas reivindicatórias, somente dessa maneira será possível a definição daqueles que merecem o reconhecimento.

4 comentários:

  1. Leandro,
    Excelente interpretação dos fatos com relação à quantidade de partidos: o problema não é a quantidade mas ao quê se propõem.

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  2. Boa tarde Leandro! Fico grata pela inclusão. Acredito ser de suma importância o debate sobre este assunto, já que quem define o modo como vivemos (e viveremos) são os partidos políticos que escolhemos para nos representar. Sobre o debate, será mesmo que se criam partidos novos porque os que já existem não cobrem todas as ideologias que possam existir, ou o surgimento de novos partidos se dá devido interesses não do povo, mas pessoais, para juntar ‘a galerinha’ e disputar o poder? O não comprometimento com a ideologia do partido tem sido um problema, isso quando o partido tem uma ideologia clara. Hoje temos partidos políticos que a maioria de seus filiados seguem a ideologia do partido, assim como temos partidos que seus filiados não seguem, mas para descobrirmos quem são, claro, precisamos acompanhar.

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  3. Leandro
    Desde nosso tempo de professor aluno, e eu também quando aluno, o comentário não mudou.
    Nos aos de 1964 até 1985 passamos pelo regime militar e foi criado dois partidos, e extintos outros todos. Ficaram somente Arena e PMDB – para criar o PMDB, foi um trabalho danado, somente o Ulisses Guimarães e outros poucos se aventuraram.
    Na realidade todo povo brasileiro em sua maioria esmagadora, apoiavam o regime militar, pois foi dito que o comunismo ira tomar conta do Brasil...uma farsa e tomada a força do poder. Na realidade já falei para o nosso amigo Denner, comunismo nem naquela época tinha muita força, já era falido, arcaico e sem condições de competir com o avanço de outras ideologias, mas tem gente que acredita ainda em cegonha. Eu acredito no humanismo “Utopia?” pode ser, mas é a utopia que nos move, que nos leva a acreditar em alguma coisa.
    Precisamos sim fazer reformas, inclusive na política e tantas outras. Mas passa tantos ali que prometeram antes e não concretizaram, as tais das reformas necessárias.....passou fulano, cicrano e beltrano que foi o último e só festa “Companheiro” ...”nunca na história....falácia”...
    Mas estamos falando de partidos, partidos já partidos, o nome diz isso, o sistema nos mostra isso. Temos sim que mudar menos partido, com mais qualidade. Limitar um número, pois também não é salutar só dois ou três. Nos Estados Unidos temos dois dominantes, e até que ponto isso é bom?...sei não.
    Quando você fala em compromisso ideologia, me cite um partido que não rompeu, ou sabe o que é ideologia. Claro que o problema não está no aumento dos partidos, mas também acho que não contribui, quando o número é muito grande.
    Não vejo no momento nenhum partido comprometido, desde tais partidos citados, e os que nos comandam no momento PMDB e PT – é necessário começar tudo de novo, a ideologia desses dois partidos (se é que existia) já foi pro saco há muito tempo...um se segurando no saco do outro...parasitas....eu só acredito em uma coisa...em nossa Presidente Dilma, como mulher e fará a diferença.
    Era isso meu caro Leandro...parabéns pelo Blog e por este belo assunto.
    Adalberto Day cientista social e pesquisador da história.

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  4. Olá

    Interessante colocações .. pena que nem todas as pessoas tem acesso a essas informações... ou então não se interessam pela politica ..
    O povo esta acustumado a todo politico ser corrupto, e acaba nao dando atenção para a politica ... enfim .. acho que a tendencia é piorar cada vez mais ..

    Parabens pelo blog.

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